terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Imagens com emoção

Sempre adorei fotografia, porque os momentos mais sublimes são também efêmeros e acredito que a renovação do que sentimos nesses momentos pode ser ativada pela memória ou pela imagem. E há tantos momentos na nossa vida que gostaríamos que durassem para sempre...

Não estou falando somente dos grandes eventos em nossa vida, mas também das alegrias cotidianas que nos fazem ser quem somos hoje, que às vezes passam despercebidas e nem sempre serão lembradas.
Imagens podem nos transportar para uma lembrança e imagens com emoção nos fazem sentir novamente o que sentimos então. Capturar imagens é fácil, mas capturar emoções não é para qualquer um; nem todos têm um olhar para a emoção dos outros, para o que lhes é importante. Mas uma pessoa que eu conheço, sem dúvida, tem o dom e a sensibilidade de decifrar os momentos em busca da mais pura emoção, encontrando beleza nas coisas mais singelas e inusitadas, registrando-as de uma maneira muito sutil: Maykol Nack, nosso querido fotógrafo. Digo nosso, porque o adotamos para a vida toda.

Como antigamente se costumava ter um só médico da família, agora temos um só fotógrafo para a vida toda, que vai ser sempre especial porque será uma presença constante nos momentos marcantes de nossa vida. E é difícil não ser assim com aqueles que têm contato com o seu trabalho, porque ele é uma figura extremamente encantadora e gentil.
Ele sabe que eu sou sua super fã e que lhe sou muito grata por ter registrado fases tão importantes da minha vida e por me deixar imagens com emoção para que eu nunca perca o calor no coração que essas imagens me proporcionam.
Para conhecer seu trabalho, acesse o site: www.maykolnack.com.br

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011


Ontem assisti a um filme daqueles que serão os meus preferidos pela vida toda. “Juntos pelo acaso” é o título em português, que eu até achei uma boa escolha, considerando que os filmes geralmente têm nomes bregas na tradução em português, abusando das palavras “amor” e “paixão”. O título resume o filme – que mostra duas pessoas que se odiavam se apaixonarem por terem que cuidar juntos de sua afilhada órfã – e o título em inglês “Life as we know it” (A vida como a conhecemos) sugere a idéia de que um bebê muda a sua vida completamente e que a vida que você conhecia antes nunca mais será a mesma.
Adorei o filme porque ele me fez rir e chorar. Chorei muito toda vez que mencionavam a morte dos pais da menina por imaginar aquela situação – uma criança de 1 aninho perder seus pais e não ter a chance de conhecer aqueles que a amavam acima de tudo e de realizarem juntos os sonhos que eles tinham feito para ela. Mas também me diverti muito com as trapalhadas dos padrinhos ao tomarem conta da criança. De uma maneira engraçada e ao mesmo tempo doce, mostrou a ambivalência de ser pai ou mãe – por mais que as coisas saiam do planejado e deem errado mesmo, tudo vale a pena quando nossos filhos nos olham com amor ou pedem por nós. Filmes como esse fazem a gente sentir um aperto no coração e vontade de viver mais plenamente, aproveitando os pequenos tesouros que recebemos todos os dias.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Mães de Meninos



Quando criança, toda garota brinca de bonecas e geralmente essas bonecas são "meninas" também. Brincamos de trocar suas fraldas e seus vestidos, de pentear, de fazer tranças e colocar "frufruzinhos" em seus cabelos. Dificilmente pensa-se em ter um bebê menino, porque esse parece ser um universo totalmente diferente do nosso.
O que acontece então quando, na vida real, temos um menino? Continua sendo um universo diferente do nosso, mas que estamos ansiosamente dispostas a conhecer, porque com o nosso amor por aquela “criaturinha”, não importa se for menino ou menina, será sempre nosso tesourinho.
Sobre esse assunto, há dois lindos textos que considero representarem exatamente o que eu sinto em relação a ser a mãe de um menino:

Ser mãe de menino
(Renata Ragagnin, no site da Crescer: http://revistacrescer.globo.com/Crescer/0,19125,EFC1674388-8874,00.html)

Venho de uma família de mulheres. O único homem da casa era meu pai. Consequentemente, meu universo sempre foi de bonecas, calcinhas, um mundo cor-de-rosa. Na medida em que o tempo passou, o assunto foi mudando para cabeleireiro, cor das unhas, maquiagem. Nossos assuntos giravam em torno de tons de cabelo, brincos e bolsas. No estojo, lápis e canetas tinham cores 'femininas'.
Então um dia fiquei grávida. Imaginava as quinquilharias que colocaria na guriazinha que estava do tamanho de um grão de arroz. Com três meses de gestação, meu grão de arroz já tinha jeito de gente e resolveu abrir as pernas e mostrar um pintinho.
Levei um choque. Um menino? Como a gente cria menino? Eu não sei fazer isso, e agora?
Meu menininho nasceu com o nome de Guilherme, que significa protetor. Indica um homem que se orgulha da sua força (física, mental ou moral) e se vale dela para auxiliar a pessoas de quem gosta. Queria que meu filho tivesse um nome forte, que quando pronunciado significasse algo de bom.
Então meu gurizinho cresceu mais um pouquinho e hoje meu mundo transformou-se em Bob Esponja, Super-Homem, Batman, Homem-Aranha e muitos carrinhos espalhados pela casa, que aliás têm de ser da Hot Wheels, senão 'queba' ou 'estaga'. Um ser de 3 anos me dando dicas de controle de qualidade...
De vez em quando passa aquela miniatura de ser humano pela sala, de macacão e com um boné virado para trás, segurando o cachorro pela traseira e o coitado de cabeça para baixo tentando espernear.
Chuta tudo o que é redondo, inclusive bolas da árvore de Natal e as bolinhas de vime que eu tinha em cima da mesa da sala.
Esses dias ele me disse:
- Mamãe, já sou um homem 'gande', quero fazer xixi de pé, 'igal' meu pai.
Ali percebi que tudo passa muito rápido. Ele vai me pedir a chave do carro daqui a alguns dias e eu ainda vou estar tentando entender o universo masculino.
O meu gurizinho me apresenta uma nova vida e é a prova de que, independentemente do sexo do bebê, filho é a coisa mais maravilhosa que existe. Um pedacinho nosso com o pedacinho de alguém que amamos, que se transforma em outra pessoa linda, cheia de sentimentos, coisas para aprender e muito para ensinar. Ser mãe de menino me fez perceber o mundo por um ângulo diferente. Hoje esse detalhe equilibra o meu olhar do ponto de vista masculino e me faz pensar em ter outro filho, para aprender ainda mais a receita da felicidade.

Mães de Meninos
(Natalia Rinaldi: http://www.uniblog.com.br/nataliarinaldi/)

Mães de meninos aprendem logo cedo que quanto mais forte a cor do brinquedo, mais legal ele é.
Mães de meninos sabem todas as musiquinhas do Lazytown e dos Backyardigans.
Mães de meninos têm compulsão por blusinhas pólo, calças jeans e sapatênis miniaturas.
Mães de meninos são apaixonadas por bermudas cargo.
Mães de meninos lêem tudo sobre meninos.
Mães de meninos são musicais.
Mães de meninos cantam “1, 2, 3 indiozinhos..” um milhão e oitocentas vezes por dia.
Mães de meninos sempre acham que seus filhos são precoces.
Mães de meninos fazem o dobro de papinhas que as mães de meninas.
Mães de meninos adoram bichos.
Mães de meninos aprendem que o grito também é sinal de alegria.
Mães de meninos fazem farra, rolam e pulam feito retardadas.
Mães de meninos imitam macaco várias vezes seguidas só pra verem seus bebês gargalharem todas as milhares de vezes que pagam esse mico.
Mães de meninos botam tela do Nardoni e protetores de tomada muito antes que as mães de meninas.
Mães de meninos lavam mais roupas.
Mães de meninos dão mais risada.
Mães de meninos falam com seus bebês ao telefone e choram porque eles balbuciam um “háá” do outro lado.
Mães de meninos são apegadas.
Mães de meninos acreditam meeeeeeesmo que seus filhos são gênios porque reconhecem coisas e pessoas com 5 meses.
Mães de meninos têm a certeza que serão A mulher da vida deles para sempre.